The Tokyo Zodiac Murders faz parte de um subgĂȘnero da literatura de mistĂ©rios policiais japoneses chamado honkaku æŹæ Œ, literalmente, mistĂ©rios âautĂȘnticosâ. Diferentes dos thrillers psicolĂłgicos, os livros honkaku sĂŁo uma espĂ©cie de jogo com regras autĂȘnticas: o autor nĂŁo mente para o leitor, que Ă© convidado a desvendar o crime, muito inspirado nos bons e velhos livros de detetive de Arthur Conan Doyle e Edgar Allan Poe.
Em 1936 um artista Ă© encontrado assassinado em seu estĂșdio trancado em um crime aparentemente perfeito. Ele deixa uma carta uma carta perturbadora em que diz ser possuĂdo por um demĂŽnio, cheia de estudos alquĂmicos e astrolĂłgicos, em que ele fala de seu plano de criar a mulher perfeita, Azoth, com partes dos corpos de seis de suas sobrinhas e filhas. Uma semana depois, o plano Ă© concretizado. Mas como ele cometeu o assassinato em sĂ©rie depois de morto? Quarenta anos depois, cabe a um astrĂłlogo e um detetive autodidata resolver o crime.
E, de fato, o livro parece ser mais um enigma do que uma história. Grandes partes do livro são cartas de confissão explicando o crime minuciosamente. A estrutura da dupla dinùmica conversando e trocando informaçÔes lembra muito a de Sherlock Holmes com Watson, principalmente nos momentos de revelação.
Ă interessante que em determinado o escritor simplesmente para a narrativa para avisar que o leitor jĂĄ tem todas as informaçÔes para solucionar o caso. E depois volta de novo pra mandar um âĂșltima chance, hein?â.
Bom, uma coisa que eu descobri é como que eu sou péssimo em enigmas, porque eu não fazia ideia quem tinha cometido o crime e as explicaçÔes me pareceram tão esotéricas quando as motivaçÔes do suposto assassino. Mas eu gostei da viagem mesmo que não estivesse jogando, só para assistir ao gameplay.
Eu achei The Tokyo Zodiac Murders um livro fascinante pelos seus mistĂ©rios, mas tambĂ©m como lembrete da riqueza da literatura, com seus gĂȘneros e subgĂȘneros.
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