Shadowrun é uma série de RPG de mesa com um cenário que pode ser descrito como Senhor dos Anéis cyberpunk. Ele une a clássica atmosfera cyberpunk de futuro distópico repleto de corporações malignas com um mundo no qual elfos, orks, trolls e dragões se tornaram comuns pelas ruas das grandes megalópoles após um renascimento da magia.
Não Faça Acordos com O Dragão, que está esgotado, originalmente lançado em 1990 e que teve edição aqui no Brasil pela Nova Fronteira, é o primeiro romance de uma série ambientada no universo.
Nunca fui muito jogador de RPG de mesa, mas sempre me fascinei pelo universo de Shadowrun. Eu lembro de eu criança vendo uma imagem de um hacker anão com duas uzis do lado de um mago elfo e um ork com uma espada samurai trocando tiros em um beco contra forças paramilitares de uma grande corporação e aquilo me pareceu a coisa mais legal do mundo.
Portanto por muito tempo estava procurando por uma entrada nesse mundo sem jogar, e o livro foi uma boa pedida. Ele acompanha Sam Verner, pesquisador de uma grande corporação que acaba entrando no mundo dos “runners”, mercenários que fazem missões não exatamente legais pelas ruas. E, como o nome do livro sugere, acaba entrando em um complexo plano de um dragão. O que pode dar errado?
O livro passa por diversos dos temas cyberpunk, multinacionais japonesas, arcologias gigantescas, além de batalhas entre helicópteros e dragões. Achei a história em si é bem confusa, passando pelo Canadá, Seattle, terra mágica dos elfos e desertos inóspitos. Sam já faz parte desse mundo, mas acaba introduzindo o leitor por transitar do mundo seguro de assalariado de megacorporação a esse universo das sombras.
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